A tenda está montada há meses. Animação, muita
animação. Festas e festins, música, saltimbancos, cigarras e outros talentos de
rua. Tempo de inaugurações e promessas. Muitas promessas! Acompanhado de
“ilustres”, nativos e convidados (faça-se número!), o candidato encabeça o cortejo.
Neste contam-se interessados e interesseiros, vendedores e alienados, zelosos e profanadores. Monta-se o palanque para os momentos
de oratória. Nele acedem sofistas, coristas, malabaristas, oportunistas e
outros “artistas”. Na esteira de Martin Scorsese diria, “tudo bons rapazes”. Os
pedagogos demagogos também têm direito à palavra. Proferem vacuidades, pois a
originalidade é algo que ainda não se compra ou se obtém por decreto. Gente que
atulha o seu discurso de humanismo e pedagogia, mas cujo seu dia-a-dia é feito
de cinismo e hipocrisia. Gente que, encostando-se aos poderes instalados,
espreita pela primeira oportunidade para chegar à sua cadeira de sonho. Não a
do FCP, obviamente! Aposta-se nas curtas-metragens, tendo como protagonista o
actual presidente da Câmara Municipal e candidato do PSD, a ensaiar um estilo
do tipo Marcelo Rebelo de Sousa, encenando beijinhos e abraços. Um espectáculo
hilariante digno de se ver.
E este arraial laranja leva já 16 anos! Entretanto, impõe-se a questão de um milhão de
dólares: em que é que a vida dos aguiarenses melhorou? Sim, em quê? Como é
possível que Vila Pouca de Aguiar, que goza de uma situação geográfica
privilegiada e com variados recursos, consegue ser ultrapassada por outros
concelhos de menor dimensão (alguns situados em lugares recônditos), quer no
plano económico, social, cultural, etc. O despovoamento e o desemprego
mantem-se, a emigração prossegue, o tecido empresarial é exíguo, a agricultura
continua, grosso modo, a ser de subsistência.
Bom, mas nem tudo foi mau. Na verdade, a vida
melhorou para alguns. Para quem?! Ora, para alguns daqueles que facilmente
encontramos no dito cortejo ou num qualquer gabinete ou departamento sob alçada
camarária. Para aí chegar basta ser amigo, partidário, seguir a cartilha
imposta (quantas vezes feita de chantagem ou ameaça), ou então vender a alma ao
diabo! Dito isto, se é para “continuar a trabalhar” para os mesmos, a resposta
só pode ser uma: NÃO, obrigado!
Chegou a hora de decidirmos se queremos uma
autarquia a trabalhar para todos os aguiarenses ou só para alguns. PARA TODOS,
é precisamente este, o lema do candidato do Partido Socialista às eleições
autárquicas, o Dr. José Carlos Rendeiro. Acredito neste seu propósito pela
simples razão de admitir que só ele será capaz de trabalhar para todos e não
apenas para uma pequena clientela, como aquela que foi sendo servida e
alimentada ao longo, repito, de 16 anos de governo autárquico do PSD.
Não me
vou alongar na exposição das qualidades do candidato socialista. Já outros o
fizeram, e de forma concisa e honesta. Basta-me considerar duas delas, que só
por si me dão inteira confiança numa Vila Pouca de Aguiar trilhada no e para o
progresso das suas gentes. Uma delas tem a ver com o tratamento por igual,
feito de respeito e consideração, que o Dr. José Carlos Rendeiro concede a
TODOS, partilhem ou não da sua opinião ou ideias, sejam ou não seus
partidários. A outra prende-se com a escolha livre, sublinho, dos melhores para
trabalhar com ele, tendo como único critério o mérito, de modo a retirar Vila
Pouca de Aguiar do atraso e do marasmo em que se encontra, devolvendo a
esperança de um futuro mais risonho para as diferentes gerações de aguiarenses.
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