No passado dia 10 de Abril, na estreia de um espaço semanal de opinião na TVI24, Manuela Ferreira Leite, essa arrojada figura de esquerda, considerou o chumbo do Tribunal Constitucional (TC) a algumas das medidas do Orçamento de Estado para 2013, como a saída da sorte grande ao Governo. A ex-líder do PSD e antiga ministra das Finanças, queria, com isto, dizer que esse facto constituía uma boa oportunidade para a dupla Passos & Gaspar mudar de rumo. No entanto, Ferreira Leite, logo reconheceu que se equivocara, e que o governo estava firme e determinado na prossecução das suas políticas de austeridade, apesar dos indicadores negativos registados nas diversas frentes da sua actividade governativa.
Ferreira Leite acusou o Governo de entrar num jogo (inconsequente) de dramatização e teatralização sobre as decisões do Tribunal Constitucional, admitindo que os cortes anunciados por aquele “não vão ser cumpridos, nem são exequíveis”, e que o país está a entrar “numa fase de privação, abaixo da pobreza, em que as pessoas já não se conseguem alimentar”. De certa forma, Ferreira Leite condena a política de terra queimada que está a ser levada a cabo, quando sublinha que “não se consegue refazer um país a partir das cinzas”. A militante social-democrata, no seguimento da sua crítica cerrada ao Executivo, evoca a matriz ideológica do seu partido, para lembrar que este “sempre colocou em primeiro lugar o primado da pessoa”. Sem pôr em causa a sua fé e a sua seriedade, parece-me que Manuela Ferreira Leite está um pouco deslocada no tempo, ou então anda distraída, pois há muito que o seu partido mudou de paradigma!
De entre outras ilustres figuras de esquerda que se têm entretido a zurzir no Governo, uns com maior contundência do que outros, como Marques Mendes, Morais Sarmento, António Capucho, Marcelo Rebelo de Sousa ou Pires de Lima, Pacheco Pereira tem claramente liderado o pelotão, mantendo a camisola amarela ao fim de várias etapas do “Giro” português. No passado dia 9, no programa Quadratura do Círculo, da SIC Notícias, Pacheco Pereira afirmou que o Governo “entrou numa guerra institucional dentro do Estado, em colaboração com a troika, para abrir caminho a políticas de duvidosa legalidade e legitimidade baseadas no relatório que fez em conjunto com o FMI”. O mesmo estende-se nos seus comentários, ao pedir a demissão do governo, por entender que não conhece “nenhum motivo mais forte e justificado para a dissolução da Assembleia da República por parte do Presidente do que este acto revanchista contra os portugueses”. Na verdade, Passos Coelho, após o chumbo do TC, cedo se apressou a bramir e a ameaçar com medidas alternativas para colmatar o “buraco” de cerca de 1,300 milhões de euros, resultante da decisão daquele órgão supervisor. Logo reuniu com a sua equipa ministerial e, de facas e cutelos afiados, começaram agendar o esquartejamento que se espera nas áreas da segurança social, saúde e educação.
A propósito de troika, nas reuniões do Eurogrupo e Ecofin ocorridas entre os dias 11 e 13 deste mês, em Dublin, na Irlanda, uma vez mais podemos constatar o servilismo deplorável que o nosso ministro das Finanças continua a manifestar perante os nossos credores. Perdeu uma boa oportunidade para se juntar aos seus colegas irlandeses, que aproveitaram a “boleia” de um ex-responsável do Fundo Monetário Internacional (FMI), Ashoka Mody, que criticara a receita da austeridade. Vítor Gaspar não tardou a ser alvo de uma crítica sarcástica por parte de jornalistas irlandeses, ao ser apelidado de “ministro da troika”, por não defender os interesses de Portugal, mas, sim, as do triunvirato. O caso aconteceu num noticiário do canal irlandês RTE, no qual dois jornalistas revelaram a sua estupefacção pelo facto do nosso ministro da Finanças não criticar a austeridade, mas, sim, defender as suas virtudes! Só que desta vez, de nada lhe valeu andar de bandeja na mão e sorriso de orelha a orelha, no costumeiro comportamento bajulador, pois não granjeou qualquer elogio pelas medidas governativas que tem tomado e que defende de forma dogmática!
Ferreira Leite acusou o Governo de entrar num jogo (inconsequente) de dramatização e teatralização sobre as decisões do Tribunal Constitucional, admitindo que os cortes anunciados por aquele “não vão ser cumpridos, nem são exequíveis”, e que o país está a entrar “numa fase de privação, abaixo da pobreza, em que as pessoas já não se conseguem alimentar”. De certa forma, Ferreira Leite condena a política de terra queimada que está a ser levada a cabo, quando sublinha que “não se consegue refazer um país a partir das cinzas”. A militante social-democrata, no seguimento da sua crítica cerrada ao Executivo, evoca a matriz ideológica do seu partido, para lembrar que este “sempre colocou em primeiro lugar o primado da pessoa”. Sem pôr em causa a sua fé e a sua seriedade, parece-me que Manuela Ferreira Leite está um pouco deslocada no tempo, ou então anda distraída, pois há muito que o seu partido mudou de paradigma!
De entre outras ilustres figuras de esquerda que se têm entretido a zurzir no Governo, uns com maior contundência do que outros, como Marques Mendes, Morais Sarmento, António Capucho, Marcelo Rebelo de Sousa ou Pires de Lima, Pacheco Pereira tem claramente liderado o pelotão, mantendo a camisola amarela ao fim de várias etapas do “Giro” português. No passado dia 9, no programa Quadratura do Círculo, da SIC Notícias, Pacheco Pereira afirmou que o Governo “entrou numa guerra institucional dentro do Estado, em colaboração com a troika, para abrir caminho a políticas de duvidosa legalidade e legitimidade baseadas no relatório que fez em conjunto com o FMI”. O mesmo estende-se nos seus comentários, ao pedir a demissão do governo, por entender que não conhece “nenhum motivo mais forte e justificado para a dissolução da Assembleia da República por parte do Presidente do que este acto revanchista contra os portugueses”. Na verdade, Passos Coelho, após o chumbo do TC, cedo se apressou a bramir e a ameaçar com medidas alternativas para colmatar o “buraco” de cerca de 1,300 milhões de euros, resultante da decisão daquele órgão supervisor. Logo reuniu com a sua equipa ministerial e, de facas e cutelos afiados, começaram agendar o esquartejamento que se espera nas áreas da segurança social, saúde e educação.
A propósito de troika, nas reuniões do Eurogrupo e Ecofin ocorridas entre os dias 11 e 13 deste mês, em Dublin, na Irlanda, uma vez mais podemos constatar o servilismo deplorável que o nosso ministro das Finanças continua a manifestar perante os nossos credores. Perdeu uma boa oportunidade para se juntar aos seus colegas irlandeses, que aproveitaram a “boleia” de um ex-responsável do Fundo Monetário Internacional (FMI), Ashoka Mody, que criticara a receita da austeridade. Vítor Gaspar não tardou a ser alvo de uma crítica sarcástica por parte de jornalistas irlandeses, ao ser apelidado de “ministro da troika”, por não defender os interesses de Portugal, mas, sim, as do triunvirato. O caso aconteceu num noticiário do canal irlandês RTE, no qual dois jornalistas revelaram a sua estupefacção pelo facto do nosso ministro da Finanças não criticar a austeridade, mas, sim, defender as suas virtudes! Só que desta vez, de nada lhe valeu andar de bandeja na mão e sorriso de orelha a orelha, no costumeiro comportamento bajulador, pois não granjeou qualquer elogio pelas medidas governativas que tem tomado e que defende de forma dogmática!
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