quinta-feira, 16 de junho de 2011

Don´t worry, be happy!

Habituámo-nos a ouvir falar, quase diariamente, da palavra “crise”. Aliás, o vulgo em geral tem sido um bom veículo das notícias sobre o tema, tão propaladas pelos média. É verdade que vivemos uma crise financeira, que se junta a outras não menos significativas, algumas delas bem mais difíceis de ultrapassar: a crise de identidade, por exemplo. Contudo, importa-me aqui debruçar sobre a influência que a dita crise exerce sobre o nosso estado anímico.
Tenho notado, com uma certa regularidade, o ar ou o discurso apreensivo de muitas pessoas, face a informações avulsas que vão sendo vertidas acerca do presente e do futuro da nossa economia, e de tudo aquilo que dela depende. Curiosamente (ou não), algumas dessas pessoas não se encontram propriamente numa situação financeira que justifique tanto pessimismo quanto ao futuro! Bem, adiante!
Tudo é relativo. Quantos, por este mundo fora, não trocariam a sua situação social e económica pela de muitos queixosos, alguns deles do nosso quotidiano profissional ou familiar. Embora legítimas, convenhamos que nem sempre as preocupações ou a indignação justificam tanto desassossego. Se por uma lado é imprescindível, para não dizer imperativo, exercermos uma cidadania activa e participativa, quer na defesa de direitos adquiridos, quer no contributo que possamos aportar para o progresso do nosso país, não nos resignemos e aprendamos a dar valor ao muito de bom e positivo que nos rodeia, e que pouco ou nenhum custo acarretará.
Família, amigos ou simplesmente aquilo que de mais belo e precioso a natureza nos concede gratuitamente, são pontos de interesse sobre os quais nos podemos debruçar, dar mais atenção, e assim encontrar um leitmotiv para elevar a moral, e bem assim levar-nos a canalizar energias para aquilo que verdadeiramente tem significado.
Por vezes perdemos tempo com coisas insignificantes, que resultam apenas em mais inquietações. Concentremo-nos naquilo que poderá traduzir-se, isso sim, em momentos de boa disposição, satisfação ou alegria. O convívio com familiares ou amigos, um passeio na praia ou pela montanha, uma conversa frutuosa na mesa de um café, uma anedota contada, uma boa gargalhada, um jogo de cartas, a leitura de um bom livro, o visionamento de um bom filme (em casa ou no cinema), fazer sexo ou ouvir música, são alguns exemplos que poderemos perfilhar, que nos levarão certamente a momentos de distracção e desfrute, esquecendo, nem que seja por breves momentos, a “crise”.