domingo, 6 de setembro de 2015

O Director de Turma: Um agente importante no processo educativo

Com o início do ano lectivo à porta recomeçam as preocupações de muitos pais e encarregados de educação. Começa logo pelas despesas que se avizinham, especialmente com manuais e materiais escolares. Juntam-se as apreensões por parte daqueles que verão os seus educandos ingressarem pela primeira vez na escola, isto no caso das crianças que entram para os jardins-de-infância, ou no caso dos mais crescidos, com a adaptação a uma nova escola e/ou turma ou a novos professores. O mesmo quanto a horários lectivos, a ocupação dos tempos livres, os transportes, a alimentação, etc. Enfim, refiro-me a um conjunto de inquietações legítimas, por parte dos encarregados de educação, que podem ser (e normalmente são) atenuadas pela intervenção do Director de Turma. Aqui incluo, naturalmente, o Educador de Infância, no caso do Pré-Escolar, e o professor Titular de Turma, no caso do 1º Ciclo do Ensino Básico.
O Director de Turma é, sem dúvida, um elemento importante e decisivo neste triângulo que liga alunos - professores/escola - encarregados de educação. Na minha opinião, dentro da escola este é o cargo com maior responsabilidade, uma vez que obriga o seu titular a estar em permanente contacto com colegas/professores, direcção da escola, alunos e, embora em menor grau, com outros elementos da comunidade educativa, sempre com a missão de procurar dar resposta a questões ou problemas que vão naturalmente surgindo ao longo do ano lectivo. Não é tarefa fácil. Por vezes é mesmo ingrata. No entanto, o trabalho do Director de Turma pode ver-se facilitado se entre os demais envolvidos no processo educativo, e que atrás fiz referência, houver uma plena consciência e assunção das suas obrigações e responsabilidades.
Cada um, em especial professores, encarregados de educação e alunos, devem desde cedo tomar consciência que o sucesso escolar dependerá, em boa parte, do empenho de cada um e da harmonia que for criada entre ambos. Do Director de Turma espera-se naturalmente imparcialidade e sentido de justiça na abordagem dos problemas que possam surgir no seio da turma. Nunca, em momento algum, deverá tomar parte de um dos lados, apenas por conveniência pessoal ou por receio de enfrentar outros elementos do dito triângulo… com ou sem manto protector.
Mais importante do que a letra morta que habitualmente preenche os regulamentos internos das escolas, ou de outros documentos afins (conhecidos apenas por quem os redige – não poucas vezes num exercício de “cópia e colagem” – e poucos mais), o que interessa destacar é a capacidade de diálogo do Director de Turma, e daí, a capacidade em gerar consensos entre os vários intervenientes no processo educativo, mobilizá-los e fazê-los ver e sentir que muitas das soluções para os problemas que assomam só serão possíveis através da convocação de diferentes sinergias, ou seja, através de uma acção concertada. 

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