terça-feira, 19 de setembro de 2017

Para todos ou só para alguns?

A tenda está montada há meses. Animação, muita animação. Festas e festins, música, saltimbancos, cigarras e outros talentos de rua. Tempo de inaugurações e promessas. Muitas promessas! Acompanhado de “ilustres”, nativos e convidados (faça-se número!), o candidato encabeça o cortejo. Neste contam-se interessados e interesseiros, vendedores e alienados, zelosos e profanadores. Monta-se o palanque para os momentos de oratória. Nele acedem sofistas, coristas, malabaristas, oportunistas e outros “artistas”. Na esteira de Martin Scorsese diria, “tudo bons rapazes”. Os pedagogos demagogos também têm direito à palavra. Proferem vacuidades, pois a originalidade é algo que ainda não se compra ou se obtém por decreto. Gente que atulha o seu discurso de humanismo e pedagogia, mas cujo seu dia-a-dia é feito de cinismo e hipocrisia. Gente que, encostando-se aos poderes instalados, espreita pela primeira oportunidade para chegar à sua cadeira de sonho. Não a do FCP, obviamente! Aposta-se nas curtas-metragens, tendo como protagonista o actual presidente da Câmara Municipal e candidato do PSD, a ensaiar um estilo do tipo Marcelo Rebelo de Sousa, encenando beijinhos e abraços. Um espectáculo hilariante digno de se ver.
E este arraial laranja leva já 16 anos! Entretanto, impõe-se a questão de um milhão de dólares: em que é que a vida dos aguiarenses melhorou? Sim, em quê? Como é possível que Vila Pouca de Aguiar, que goza de uma situação geográfica privilegiada e com variados recursos, consegue ser ultrapassada por outros concelhos de menor dimensão (alguns situados em lugares recônditos), quer no plano económico, social, cultural, etc. O despovoamento e o desemprego mantem-se, a emigração prossegue, o tecido empresarial é exíguo, a agricultura continua, grosso modo, a ser de subsistência.
Bom, mas nem tudo foi mau. Na verdade, a vida melhorou para alguns. Para quem?! Ora, para alguns daqueles que facilmente encontramos no dito cortejo ou num qualquer gabinete ou departamento sob alçada camarária. Para aí chegar basta ser amigo, partidário, seguir a cartilha imposta (quantas vezes feita de chantagem ou ameaça), ou então vender a alma ao diabo! Dito isto, se é para “continuar a trabalhar” para os mesmos, a resposta só pode ser uma: NÃO, obrigado!
Chegou a hora de decidirmos se queremos uma autarquia a trabalhar para todos os aguiarenses ou só para alguns. PARA TODOS, é precisamente este, o lema do candidato do Partido Socialista às eleições autárquicas, o Dr. José Carlos Rendeiro. Acredito neste seu propósito pela simples razão de admitir que só ele será capaz de trabalhar para todos e não apenas para uma pequena clientela, como aquela que foi sendo servida e alimentada ao longo, repito, de 16 anos de governo autárquico do PSD.
Não me vou alongar na exposição das qualidades do candidato socialista. Já outros o fizeram, e de forma concisa e honesta. Basta-me considerar duas delas, que só por si me dão inteira confiança numa Vila Pouca de Aguiar trilhada no e para o progresso das suas gentes. Uma delas tem a ver com o tratamento por igual, feito de respeito e consideração, que o Dr. José Carlos Rendeiro concede a TODOS, partilhem ou não da sua opinião ou ideias, sejam ou não seus partidários. A outra prende-se com a escolha livre, sublinho, dos melhores para trabalhar com ele, tendo como único critério o mérito, de modo a retirar Vila Pouca de Aguiar do atraso e do marasmo em que se encontra, devolvendo a esperança de um futuro mais risonho para as diferentes gerações de aguiarenses.

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