domingo, 11 de março de 2018

Das minhas Sonoridades Cromáticas aos Deuses de Barro de Agustina Bessa-Luís


O dia 10 Março teve a particularidade de juntar, no mesmo espaço, a minha pintura e a literatura de Agustina Bessa-Luís. O acontecimento deu-se na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira, em Amarante, durante a inauguração de mais uma exposição minha, numa terra que me é muito querida, dado eu ter vivido aí parte da minha infância e juventude.
“Sonoridades Cromáticas”, assim se chama a colecção de telas, acabou por servir, simultaneamente, como espécie de cenário e mote de partida para a apresentação de uma obra inédita da escritora, também ela com raízes nesta cidade do Tâmega, dado ter nascido na freguesia de Vila Meã. Por motivos de saúde a autora não pôde estar presente, ficando a apresentação a cargo da sua filha, Mónica Baldaque, que prefaciou o livro. Escrito por Agustina aos 19 anos, o romance, que dá pelo nome de “Deuses de Barro”, manteve-se desconhecido até à sua publicação no ano passado, mais concretamente, durante 76 anos. Foi graças ao trabalho de pesquisa e recolha da filha que o mesmo viu a luz do dia.
Na abertura da exposição, com casa cheia, fiz questão de sublinhar que foi para mim um enorme prazer e privilégio associar-me ao lançamento de uma obra literária de tão ilustre escritora, e por isso felicitei a Câmara Municipal de Amarante, representada pela sua Vice-Presidente, Lucinda Fonseca, e a Vereadora Rita Batista, pela feliz iniciativa de associar a pintura à literatura. Os elogios estenderam-se ao notável espaço onde estão instaladas as pinturas, bem como à organização primorosa da exposição. Seguiu-se a visita guiada por mim, na companhia dos elementos da vereação e de Mónica Baldaque, com quem o mantive uma longa conversa, e da qual obtive ainda um exemplar do romance de Agustina, com dedicatória. Por último, foi então feita a apresentação dos “Deuses de barro”, seguido do visionamento de um documentário televisivo sobre a vida da escritora.

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